Nas últimas décadas, em cidades de todo o mundo, o interesse por um estilo de vida mais sustentável e saudável é cada vez mais orgânico (com o perdão do trocadilho). A princípio, não parece tão simples e pode causar certo estranhamento, obter alimentos frescos e livres de agrotóxicos no próprio quintal, nas proximidades de casa ou mesmo no local de trabalho ou estudo, mas é exatamente essa a proposta das hortas urbanas.
As hortas urbanas e periurbanas se referem basicamente ao plantio de frutos e hortaliças em áreas localizadas nos centros urbanos e em suas zonas periféricas. Os locais específicos das hortas são geralmente espaços privados, institucionais, terrenos públicos não edificados, áreas verdes urbanas etc. As hortas cultivadas nas cidades estão incluídas na forma de produção denominada Agricultura Urbana e Periurbana, que pode ser enunciada através da sigla AUP.
Atualmente, a denominação carrega um conceito amplo, que inclui tanto produção e coleta de alimentos, como processamento de alimentos de origem vegetal e animal, seja para autoconsumo ou troca e comercialização de produtos. Sendo assim, hortas não são sinônimos de AUP, porém são um exemplo desse tipo de agricultura.
Dia de Horta da EcomAmor no Diretório Central de Estudantes da UFG, realizado em 23/04/2017 (Goiânia, Goiás)
Nas últimas décadas, em cidades de todo o mundo, o interesse por um estilo de vida mais sustentável e saudável é cada vez mais orgânico (com o perdão do trocadilho). A princípio, não parece tão simples e pode causar certo estranhamento, obter alimentos frescos e livres de agrotóxicos no próprio quintal, nas proximidades de casa ou mesmo no local de trabalho ou estudo, mas é exatamente essa a proposta das hortas urbanas.
As hortas urbanas e periurbanas se referem basicamente ao plantio de frutos e hortaliças em áreas localizadas nos centros urbanos e em suas zonas periféricas. Os locais específicos das hortas são geralmente espaços privados, institucionais, terrenos públicos não edificados, áreas verdes urbanas etc. As hortas cultivadas nas cidades estão incluídas na forma de produção denominada Agricultura Urbana e Periurbana, que pode ser enunciada através da sigla AUP.
Atualmente, a denominação carrega um conceito amplo, que inclui tanto produção e coleta de alimentos, como processamento de alimentos de origem vegetal e animal, seja para autoconsumo ou troca e comercialização de produtos. Sendo assim, hortas não são sinônimos de AUP, porém são um exemplo desse tipo de agricultura.
Hortas no Brasil
Pode parecer curioso, mas se estima que a existência de hortas nas cidades é uma atividade de origens milenares, porém para tratar do assunto numa perspectiva mais atual, destaca-se que foi a partir década de 1980 que as hortas urbanas obtiveram alcance expressivo em países da América Latina, Ásia e África. Sua expansão esteve relacionada ao combate a fome, no contexto da crise econômica que os países dessas regiões enfrentaram na época.
O Brasil acompanhou essa tendência, na própria década de 1980, já existiam incentivos governamentais para implementação de hortas em meio urbano. Essa forma de plantio obteve maior visibilidade por volta da segunda metade da década de 1990, quando o plantio em meios urbanos passou a se destacar por sua dimensão de atividade capaz de promover integração nos processos de desenvolvimento sustentável das pessoas e do ambiente.
Produção alternativa
Numa realidade de acesso a informações mais acessível, amplo e veloz, ficou mais fácil compreender a importância da qualidade e forma de produção dos alimentos. O cultivo urbano de hortaliças sinaliza para uma cadeia de produção de alimentos capaz de atender às importantes demandas de acesso a alimentação saudável, sustentabilidade, melhoria de condições socioeconômicas da população e preservação ambiental. Essa forma de plantio torna possível e acessível à população, a obtenção de alimentos frescos; o autoconsumo; a geração de renda, no caso comercialização dos produtos; a integração e a autonomia da comunidade; a produção diversificada; a ocupação e aproveitamento de espaços urbanos ociosos; a melhoria da paisagem urbana, entre outros benefícios.
Em face dos inúmeros benefícios que a existência das hortas urbanas e periurbanas fornece para o meio ambiente e para sociedade que o Instituto EcomAmor promove a implementação de hortas em espaços como escolas e praças com o apoio da comunidade e de voluntários. Nos próximos textos do blog vamos explorar um pouco mais assuntos relacionados às hortas urbanas e periurbanas, além de conhecer melhor o trabalho da EcomAmor.
Referências Bibliográficas:
CASTELO BRANCO, Marina; ALCÂNTARA, Flávia A. de. Hortas urbanas e periurbanas: o que nos diz a literatura brasileira? Horticultura Brasileira, Brasília, v. 29, n. 3, p.421-428, set. 2011. Trimestral. Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/909118/1/v29n3a281.pdf. Acesso em: 20 ago. 2018.
COSTA, Christiane Gasparini Araújo et al. Hortas comunitárias como atividade promotora de saúde: uma experiência em Unidades Básicas de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, São Paulo, v. 20, n. 10, p.3099-3110, 30 maio 2015. FapUNIFESP (SciELO).. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320152010.00352015. Acesso em: 20 ago. 2018.
RIBEIRO, Silvana Maria; BÓGUS, Cláudia Maria; WATANABE, Helena Akemi Wada. Agricultura urbana agroecológica na perspectiva da promoção da saúde. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 24, n. 2, p.730-743, jun. 2015. FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0104-12902015000200026. Acesso em: 20 ago. 2018.
ZAAR, Miriam Hermi. A AGRICULTURA URBANA E PERIURBANA (AUP) NO MARCO DA SOBERANIA ALIMENTAR. Sociedade e Território, Natal, v. 27, n. 3, p.26-44, 28 dez. 2015. Semestral. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/sociedadeeterritorio/article/view/7870. Acesso em: 20 ago. 2018.